sexta-feira, 30 de abril de 2010

"Sobre estar só...
















eu sei."

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Somos escravos,

Obedecendo feito cachorros atrás de um pedaço de osso.
Apenas trocaram o osso por um papel,
E estão rindo de nós.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Hoje falarei sobre moda

Direto das ruas de paris,
Vem ganhando cada vez mais a preferência nacional!
Todos querem ser o primeiro a usar.
A moda agora é menosprezar.
Vamos, corra e adquira já a mais fantástica característica humana.
Vem acompanhada de desprezo, prepotência, uma pitada de arrogância
E MUITO mais muuuito ego.
Lembre-se, deve-se usar com estilo, nariz empinado e salto alto.
Mas cuidado, não é considerado um bom presente para entes queridos.
Ah, e não se esqueça:
Você não é só mais um ser humano, você é foda.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Coisas que não mudam nada

Essa história de ser você não me satisfaz mais.
O que faço da vida agora é procurar...
Procurar você no meio das suas tralhas, procurar você em baixo da coberta, dentro do armário, atrás do sofá, em baixo da escada, nas tuas fotos, nos teus livros, na piscina, na varanda, de baixo do tapete, na banheira, atrás da porta, no jardim, na esquina, no orelhão, no beco, num beck, na agulha, na lua, no vento, no chão.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Atendendo a pedidos...

Hoje eu resolvi planejar uma viajem!
Paris, Nova Zelândia, Califórnia
... hum...
Quer saber,
Vou à merda.
Só lá me sinto em casa.
Lá todo mundo é pisado,
Acomodado, desprezado.
Todo mundo é resto,
E sabem que não vão evoluir.
Merda, aqui vou eu!
E faço questão de ir sozinha.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

One too many goals ♫

Te vejo Domingo...
Dia 12 de Março de 2017
Na última estação sentido oeste da linha verde,
Às 2h e 35m.
Vou estar com um gorro vermelho,
Cantarolando “The Next Time Around”.
Vou te esperar até as 3h, mas é bom que você não se atrase...
Não que eu não goste de esperar,
Mas talvez eu me canse de cantarolar a mesma música
Mude sem perceber e acabe com tudo!
...
Quando sair de casa vai sentir um frio na barriga,
Que esquecerá, em meio às especulações que seus pensamentos farão ao longo da viagem.
Quarta estação,
Seu coração começa bater mais forte,
Você se questiona cada vez mais se deveria mesmo estar ali.
Sétima estação,
Ele já esta a ponto de sair pela boca.
Oitava,
As mãos estão frias, a mente borbulhando,
Você teve sete anos para pensar no que iria me dizer quando nos reencontrarmos
E mesmo assim, agora você não tem a menor ideia do que dirá,
Aliás, você não tem nem a certeza de que eu realmente estarei lá
(Eu estarei lá!)
Décima quarta estação,
Você se sente completamente vivo,
O sangue pulsando rapidamente por todo corpo,
O cérebro que não para de lhe questionar e o coração de contradizê-lo.
E como num impulso sem perceber, você da o primeiro passo pra fora do metrô,
Passo esse cheio de dúvidas, de medo, de ansiedade, passo doloroso.
E quando você pensa que não vai mais aguentar de tanta angústia...
Levanta a cabeça e vê um gorro vermelho,
Seu coração se aquieta, sua mente parece ter encontrado as respostas.
Você vai em direção a ele,
Agora os passos já são de certezas.
Você está a menos de um metro, um metro que separa as nossas vidas,
Vidas que um dia, foram uma só,
E que estão prestes a se juntar novamente, para nunca mais serem duas.
E explodindo de felicidade,
Você olha com seus olhos míopes cheios de vontades.
Seu idiota, não sou eu!
Eu disse que estaria cantarolando “The Next Time Around”.

sábado, 10 de abril de 2010

Hoje não.



Ficar sentada o dia todo a base de café,
Alternando o status do msn entre ocupado, online e invisível.
-Hey, isso ainda vai lhe fazer mal!
Te garanto que o mundo me faz bem pior.
Ao menos aqui 5 da tarde podem ser 11 da noite se eu quiser.
-Que dia é hoje? Que horas são?
Sei lá! Pouco me importa.
3 filmes seguidos, e eu nem me lembro qual foi o primeiro.
Se a luz do dia muda se pessoas entram e saem, eu não sei, já não sinto,
Criei raízes aqui, raízes frias e invisíveis.
Minhas costas estão tensas, já minhas pernas dormem,
Alias, a dias elas são as únicas que dormem por aqui.
-Olha esse dia lindo, vá viver menina!
Não, hoje não.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

'Mi Fá Sol Lápis de cor'


Quando você disse que ia me guardar contigo, não pensei que falava tão sério.
Teu sorriso ainda ta na estante mas não tenho tido dias melhores.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Olá,



Quero sonhar com o diabo,
Quero acordar sem ninguém ao meu lado,
Quero ir buscar o meu café e que ele esteja gelado,
Quero que o dia inteiro seja um calor dos infernos,
Quero abrir o jornal e ver você estilhaçado no chão,
Quero chegar no trabalho e fazer coisas em vão,
Quero encontrar uma pena de galinha no meu almoço,
Quero voltar pra casa pendurado no vagão,
Quero morrer de desgosto sem ninguém me estender a mão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A chave está na gaveta



Eu sou um baú entreaberto,
Quando me olham eu me fecho.
Dentro de mim há todas as oportunidades que você perdeu.
Eu guardo com carinho tudo aquilo que você queria dizer e não disse,
Guardo o futuro que você teria se não fosse tão burro,
Guardo as dores que você ignorou...
Ah, sabe aquele bilhetinho amarelo que você perdeu e nem notou?
Esta aqui!
Guardo o teu medo,
Guardo aquele telefone que você esqueceu,
Guardo aquele teu ponto fraco que ninguém conhece...
Lembra aquele dia que você passou segurando o choro?
Suas lágrimas ainda estão aqui, eu guardei!
Por isso, entendo seu receio comigo,
Mas não se esqueça, se um dia resolver olhar pra dentro de si,
A chave continua na gaveta.

domingo, 4 de abril de 2010

Pode um homem viver sem ter pelo quê?

4 x 5, um vídeo game, uma TV,
Dois sofás, uma mesa, um pufe, um buffet.
Um coração doente, uma perna coxa,
Um olhar vago, uma mente que não é livre,
Pois o corpo não deixa.
E foi aí que me perdi!
Como pude me perder num lugar tão pequeno?
Ora escuro, ora quente
Ora inseguro, ora doente.
Durante um tempo procurei a saída,
Quase enlouqueci e não achei nem uma janela.
Já tentei cavar um buraco,
Não me levou a lugar algum...
Mas serviu pra eu me esconder.
Me esconder? De quê?

sábado, 3 de abril de 2010

Insolúveis



Vontade de rasgar a minha pele e morrer de tanto gritar.
Já posso imaginar ela se soltando de pouquinho em pouquinho, o sangue jorrando e minha garganta berrando sem parar.
Já posso ver, toda essa angústia escorrendo junto ao meu e ao seu sangue, que se entrelaçam e se separam.
Já que agora, não são nada além de líquidos insolúveis, em meio ao mar de vinhos baratos!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Como acabar com um texto na última linha:



NÃO NÃO NÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO!
NÃO ME ENCHE,
NÃO ENCOSTA,
NÃO CUTUCA, NÃO ME TOCA.
NÃO ME ENCHE, NÃO ME ENCHE, NÃO ME ENCHE.
NÃO ME IMPEÇA, NÃO ME JULGUE,
NÃO ME MOLDE, NÃO ME MUDE,
NÃO ME INCLUA, NÃO ME OBRIGUE,
NÃO ME OLHE, NÃO ME SUJE.
NÃO ME INFORME, NÃO ME LIGUE,
NÃO ME PEÇA, NÃO ME PERGUNTE.
NÃO ME ENCHE, NÃO ME ENCHE!
EU NÃO QUERO e nem estou ao seu dispor.
Não me encha se não for de amor.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sede



Sou a gota d'agua!
-Foi a gota d'agua!!
D'agua, água, mágoa, AHHHH
-Gua raná,
Gota, com gota, sem gota, contragota, cagota, gota, ota, ota gota.
-Outra gota?
Outra boca! oca!
-Ahhhhh...
GUA!