terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre um poço uma pá e um futuro

Sabe quando não tem mais pra onde correr?
Eu (otária) logo penso em bater na tua porta, só pra perguntar se você esta feliz.
(onde é que moram as pessoas que se assumem infelizes?)
Hey ande! O que você tem a perder?
Nada!
Mas me parece que quanto mais não tenho, mais perco.
Estou num buraco e não me canso de cavar,
Cavar,
Cavar.
Alguém, por favor, me diz onde é que vou parar assim?
Vivo no fundo do poço, procurando algo que valha a pena.
E olha que eu até encontro! Mas não me sinto feliz.
(Vai ver a vida é fingir)
Às vezes gostaria que alguém caísse no meu poço.
(mas quem, além de você, se atreveria?)
A verdade é que na maioria delas, eu só queria que me cobrissem de terra.
E que não me reguem!
Pois se regarem, já vou logo avisando: Serei árvore sem frutos.

Mas afinal, o que você quer ser quando crescer?
Quero ser o que já venho sendo há 18 anos: _________.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Esqueci.

Ultimamente tenho esquecido das coisas. Não que antes eu me lembrasse, mas agora, mais do que nunca, tenho esquecido.

De tudo.

Viajo em pensamento, pego um foco na janela, um riff de guitarra e lá fico.

Quieta.

Enquanto em uma roda pessoas falam, falam, falam... De assuntos que talvez até me interessem, mas agora, eu simplesmente:

Não quero saber!

Embora saiba que essa é uma regra de convivência. A numero dois do manual de "como passar uma boa impressão em um ambiente que ninguém se conhece" (que cairá por terra em uma semana de convivência).
Desperto involuntariamente quando alguém me pergunta algo, que eu não ouço e peço pra que repita, mesmo sem o menor interesse, mesmo sabendo que vou esquecer daqui dois minutos.
E ai me vêm com aquilo de sempre...
O ser humano não pode ver alguém não socializando, que acham que a pessoa esta mal com aquela situação.

Mal eu fico, é no meio de um bando de gente feliz de mais.

Que mal há em preferir se calar? Eu só não queria estar ali, eu só não estou ali, não estou em lugar algum.
Se um dia você me vir na rua, é porque estou perdida, provavelmente atrasada pra alguma coisa.



Que eu ja não lembro mais.