A dona da vida chegar

Enquanto isso eu vou...
Tapando buraco,
Enchendo linguiça,
Arrumando desculpas,
Enrolando o tempo,
Pra que ele não voe,
Enquanto espero.

"Muito prazer, meu nome é otario"

Caralho, caralho, caralho, CARALHO!
Eu não sei se é a embriagues ou se...
Sei lá, só me diz uma coisa:
Como faz pra ser assim, tão você?
Alguém, por favor, me diz!
Acho que caiu um balão...
Ninguém nem viu.
Será que vai doer tudo de novo?
Acordo cedo,
Respiro fundo, pego o telefone,
Pela primeira vez na minha vida,
Otimista.
Mas, pra variar...
Você me mata, com apenas quatro palavras.
Tudo bem, eu aceito assim.
Já me acostumei a ter que dormir pra te ver.
Afinal, o que seriam dos meus sonhos se virassem realidade?
Se ao menos você estivesse feliz...
Juro que eu seguiria pondo meus sapatos e indo passear sozinha.
Mas você não está.
E agora?
Quem é que vai te fazer feliz já que eu não posso mais?
Queria te dar felicidade de presente.
Mas eu também não tenho.
Porque a minha mora ai,
No teu coração embriagado.

Sinto falta do cheiro de domingo

Costumo ter saudade de coisas inúteis.
Como das tardes olhando na janela...
Não gostava de brincar de boneca,
Não via sentido em dedicar tanto afeto
A uma coisa de plástico.
Mas se for ver,
Nós não somos tão diferentes disso.
O que somos sem afeto?
Nada além de plástico gelado e espuma pra ocupar espaço.
Na verdade somos piores.
Somos ingratos.
É por isso que mesmo depois de tanto tempo,
Ainda me arrependo de não ter dado todo meu carinho as bonecas,
Elas não devolvem, mas ao menos se calam.
...
Ahhhh, era tão doce.