segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mas não ter dente é sacanagem!

Quando é que vou parar de viver essa vida emprestada?
Nesse corpo não me cabe,
Mas nem me atrevo a reclamar.
Porque cavalo dado, meu bem,
Não se olha os dentes.

domingo, 30 de maio de 2010

Beijo Renato

Quem diria que depois de tanto tempo,
Tempo passado batido, meio que de pressa,
Mas sem pressa de você.
Num domingo de manhã, assim, do nada,
Junto com a dor de cabeça das noites passadas,
Algo grite nos meus ouvidos.
É você e...
Sem mais.
Aí já viu, tudo esta perdido.
Tudo vira bosta!
Na verdade viram cinzas,
Porque a linda fase em que era bosta já traz saudade!
Agora são tempos de ração anestesiante no café da manhã.
Tempos de "An? Cadê? Passou? Nem vi."
Esse tempo, que corre e não deixa nada.
Vivo, vivo, vivo... E o que fica de tudo,
É a maldita saudade do que não vivi.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Descartável


Meu sofrimento é descartável,
Minha rebeldia passa na malhação.
Minha família, meus amigos, os copos, as marmitas, os programas de TV,
As caixinhas de leite, meus beijos, meu sorriso, os poemas,
O sexo, os casamentos, as colheres, meus sentimentos...
É tudo banal, casual.
Vejo minha alegria misturada ao papel higiênico no lixo do banheiro.
Quem se importa?
Me dão RT quando pergunto cadê você,
Mas só percebo que meu amor não vale de nada,
Quando encontro minha alma gêmea e ela não aceita scraps.

Arroz para viver e flores para quê?

É o fim da linha marujo!
Hoje, nem que o seu choro abra um novo mar você terá outra escolha!
Eu despedacei as rosas e vivo só com o arroz.