segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Meu pai está na depressão mas parece que ninguém vê,
Meu irmão preocupado com o casamento,
Minha mãe ocupada em reclamar do meu irmão,
Meu pai com depressão.
O Marco feliz com o computador novo,
Minha avó preocupada com os panos de prato que irá comprar.
Minha tia aos 55, preocupada em começar sua nova vida de aventuras no trabalho,
Meu pai com depressão
A Leila preocupada com os vestidos do casamento.
Minha mãe ocupada em reclamar da Leila.
Meu pai com depressão.
Parece que ninguém nota!!!
Eu finjo que não noto,
Mas eu noto pai e choro.
Choro mais por não poder fazer nada.
E mais ainda por pensar que quando eu puder
talvez já seja tarde demais.

A moda da casa

Eu aqui, com 20 anos nas costas,
Almoçando com a família da minha chefe...
tão longe de onde eu queria estar,
sei que não é o momento de depressão,
muito menos de desespero,
sei que não posso ir alem disso e que faço o possível,
as vezes por mais firme que você seja, só lhe resta aceitar e comer a sua ração,
que hoje tem gosto de lágrimas e amanhã terá de marmita.
Só me resta esperar que como uma boa virginiana que come pelos cantos,
um dia eu chegue a algum lugar que me faça feliz.
(Mesmo que a minha vaidade já tenha ido há tempos,
junto com as lágrimas de almoços passados,
e as dores de estomago dos dias que nem se quer almocei).



Tenho repetido pra mim e tentado por fim acreditar
que nao morri! E não será justamente agora
que vou morrer por esperar.
Mas quem disse que morrer é a pior das penas?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vou, com o passo de quem quer voltar.