sábado, 9 de abril de 2016

Eu poderia ter ido embora quando te vi naquele domingo, era o que eu queria fazer, mas me lembrei de como você havia me tratado no dia anterior e como doeu a madrugada que passei chorando por isso, cheguei a conclusão de que eu estar ali não faria a menor diferença pra você e que mais uma vez eu estava me importando mais com as pessoas do que elas comigo, isso vem acontecendo muito ultimamente...
Gaspar Noé diz que o tempo destrói tudo, isso porque ele não me conhece, se ele me conhecesse ele diria: "Larissa Anne destrói tudo". 
O que é a mais pura verdade.
Mas ao contrario do tempo eu volto atrás, me arrependo e sofro com isso.
Eu só queria que ao menos por um minuto você acreditasse em mim e no quanto eu estava louca para largar tudo e ter uma linda história com você, nas minhas boas, raras e verdadeiras intenções...
Afinal de contas, "por que nós homens fomos criados em corpos tão horrendos feios e fracos, se não para sermos amados?"
Eu lhe daria o melhor de mim.
Mas entendo, o amor é sempre mais bonito quando desperdiçado.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

A dor do futuro arrependimento certeiro de não saber aproveitar quem me vê da melhor forma que eu poderia ser vista (mesmo que não mereça)


Eu sei bem como você se sente (cagando), sei, pois faço o mesmo com algumas pessoas, alimento sentimentos pela única razão de querê-las por perto quando me interessa, por pura vaidade, puro ego mesmo, e obvio que não queria ser escolhida para provar do meu próprio veneno, mas é obvio também que mais cedo ou mais tarde isso acabaria acontecendo e eu espero que aconteça também com você, é bom saber como a gente é escroto às vezes.
2016 começou com vômito, um sutiã vermelho, um ralado no joelho e o fim da minha banda favorita. Minha vida profissional segue sem expectativas de melhoras e devem ter uns 30 caras mais interessantes que você querendo me tratar bem, mas eu sempre gosto do que dói mais.

Alheio a isso,
Sigo tentando segurar essa pressa de todas as coisas na minha cabeça, 
Juntar meus pedaços, 
Passar por cima de todos os cacos, 
Tomar uma cerveja no bar 
E esperar o meu carnaval chegar.

Afinal essas botas velhas, 
Foram feitas pra andar.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

2015 - Meus homens e meus discos



2015 começou com boas promessas,
O sol brilhava forte como de costume,
Havia uma alusão de uma vida mais leve nos meus dias,
Dei amor a quem merecia, ouvi meu coração, fiz o que ele mandava, quis ser melhor, fui melhor, tomei as rédeas da minha vida de volta.
Tentei não ouvir só coisas deprimentes, conheci o Siba, o Saulo Duarte, dei uma chance pro CD novo do Criolo, pros clássicos da Tropicália.
Tinham festas nas praças todos os domingos e sempre fazia sol, impressionante!
Meus vestidinhos de verão me deixavam leve como uma pluma.
Gente animada, música boa e cerveja gelada passaram a ser meu lema de vida.
Lembro de descer até o parque augusta sorrindo, ou de sentar no deck do largo São Francisco e pensar que eu estava onde eu deveria estar: no caminho.
Mas ai veio o Quarup do Lupe de Lupe, veio o arrependimento, o fogo fátuo, Ágape.
A realidade.
O ~~róquenrou  sempre falou mais alto, não teve jeito, essa tentativa de uma vida mais leve virou um trio elétrico que passou e levou a alegria embora, deixando só sujeira, cheiro de mijo, silêncio e tédio pra quem ficou.
Ai eu encontrei alguém pra dividir minhas bandinhas tristes, com uma personalidade mais próxima da minha, temperamento arredio e um coraçãozinho fofo demais, atribuo a esse, o troféu da saudade do ano.
Num desses dias de desencontros, aprendi a ser feliz ao menos com o que eu escolhi pra mim, já que são tão poucas as coisas que escolhemos nessa vida...
Foi um domingo de chuva íamos apenas nós 3, rolezeiros incansáveis num show da EATNMPTD, num lugar meio fora de mão e eu quis desistir, não queria ser infeliz no domingo a noite, nada pra mim é pior que isso, mas olhei pra rua... eu queria dividir meus últimos momentos de liberdade, respirei fundo e pensei: Eu vou e não vou reclamar de nada!
A partir desse dia nunca mais fui infeliz em um final de semana se quer, nem com as companhias, nem com os lugares ou com o preço da cerveja.
Ai teve Não ao Futebol Moderno, Gigate Animal, remakes de Polara, Zander e afins, incontáveis showzinhos, algumas faltas na aula de terça que valiam à pena. Os Happy Hours de sexta. Companhia garantida pro que der e vier. Me sentia mais eu, via minha personalidade em tudo que fazia e "por mais que meus gostos só me corroam, que minha mente trabalhe contra o meu favor, sou que acordo todas as manhãs com esses olhos".
E como não podia ser diferente, acabou da forma mais EU possível, "um trem descarrilhado".
Nesse momento, eu não notei, mas o ano já havia acabado.
Fiquei aqui,
Olhando pro nada, tipo o gif do Vincent Vega, me restou o Cd do Black Alien o do Ogi... Atmosphere ganhou meu coração, como um gol feito aos 45 do segundo tempo, e eu sigo teu caminho né, é meu caminho também.
Daí pra cá, foram só tentativas incoerentes, apostas falidas e dias fadados ao fracasso.
2015 começou com boas promessas,
e acabou, com os meus sonhos jogados ao chão.

Mas eu sei que as coisas só acabam quando terminam, e "dias melhores virão, dias piores também, tempestades passaram, passarão e outras vêm que vem"

sábado, 21 de novembro de 2015

Apostei minhas últimas fichas num cavalo manco, sem dentes e sem coração.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Deu pau

Ando cada dia mais neurótica,
Cada dia mais ansiosa,
As vezes sinto meu coração inchar no meu peito,
Trabalho dura de nervoso,
Sabendo que tenho que acabar a tarefa antes do almoço pra ser revisada e alterada 5776 coisas, as quais devo acabar para poder ir embora.
E se eu saio depois das 17 a possibilidade do ônibus travar no corredor é muito grande, o que vai fazer eu chegar 40 minutos depois na faculdade o que configuram 40 minutos a menos de obrigações cumpridas.
Que vão gerar enfim, no mínimo 1h a menos das poucas horas que tenho para fazer o que tiver vontade.
E dependendo da quantidade de obrigações essa hora pode ser crucial, e transformar "o que eu tenho vontade de fazer" em apenas sono, que não passa de mais uma obrigação.
Tenho a teoria de que um dia vou pirar,
Assim de uma hora pra outra, ter um colapso com todas as dores que já guardei em mim, e virar uma dessas doidas que andam pela rua, com o cabelo todo bagunçado e sujo, um moletom velho e falando um monte de frases cheias de amargura pra ninguém ouvir.
Talvez o Felipe me tire da rua e me ponha em uma dessas clínicas de velhas loucas, mas a essa altura da vida é muito pouco provável que eu aceite.
Acho que no ponto em que estamos só um "bug do milênio" pra nos salvar,
O que iria sobrar de você se tudo que tivesse não fosse virtual?
Eu tenho algumas fotos reveladas pouquíssimos relatos escritos, nenhum cd gravado das minhas bandas favoritas, mas sei todas as musicas de cor e tenho amigos suficientes para fazer uma rodinha de violão, alguns livros que me deram e nunca li, folhas e lápis para alguns dias de desenhos sem pressa, talvez assim eu ate entenda aquele detalhe do detalhe do detalhe do detalhe que minha chefe mandou eu fazer e fiz voando, como uma máquina que agora, sem o mundo digital, não carrego mais o fardo de ser.
Sei o horário que você leva o cachorro pra passear, e mais cedo ou mais tarde td mundo ia se encontrar no pub.
Um pane no mundo, de fato não seria nada mal.
Começar tudo de novo, quem sabe certo desta vez.